Profissional de Educação Física
Instrutora de Ginástica Laboral SESMT / HCI
CREF: 015246-G/RS
Corpo perfeito: o seu!
Para manter uma boa saúde, viver intensamente e ter uma maior expectativa de vida se faz necessária uma vida ativa, mantendo o nosso corpo em movimento e nossa mente atenta para atingir estes objetivos. Quinze minutos diários de atividade física reduzem o risco de morte em 14% e aumentam a expectativa de vida em três anos, segundo um estudo realizado em Taiwan. Esta pesquisa foi publicada pela revista The Lancet e contou com mais de 400.000 participantes que foram acompanhados durante uma média de oito anos, entre 1996 e 2008.
Os exercícios de alongamento devem ser feitos por todas as pessoas, em qualquer idade e não requerem equipamento especial, é importante realizar os alongamentos de manhã, antes e depois da prática esportiva, durante uma atividade física estressante ou quando sentir seus músculos com mais tensão. Os movimentos corporais estimulam os reflexos nervosos, ativam as emoções e os pensamentos, possibilitando uma atitude positiva de enfrentamento da vida e dos problemas com segurança.
Composição corporal: músculo versus gordura
Quando enfocamos a qualidade de vida e o desempenho motor de um indivíduo, uma indicação do estado de saúde é a Composição Corporal (CC). Esta avaliação tem auxiliado no diagnóstico e mesmo na elaboração de intervenções nutricionais, bem como em programas de atividades físicas.
A CC é realizada para efetuar a avaliação dos principais componentes do organismo humano: ossos, musculatura e gordura corporal. A composição corpórea é dividida em dois grupos: massa magra (livre de gordura e constituída por proteína, água intra e extracelular e conteúdo mineral ósseo) e massa gorda (gordura corpórea).
Para muitas pessoas, a única indicação de que estão ocorrendo mudanças em seus corpos provem das observações quanto a balança, perdi 1kg ou ganhei 1 kg, estou com o peso normal; imaginamos que a única coisa que ocorre em nosso organismo são pequenas mudanças na quantidade de gordura que armazenamos, mas na verdade, tudo está mudando: gordura, músculos, líquidos e possivelmente até os ossos. Desse modo, a questão mais importante não é “qual é o meu peso?” mas sim “qual é a composição de meu peso?”; embora nossa constituição e altura básicas não mudem muito, a composição corporal pode variar bastante.
Músculos e gordura são elementos fundamentais na troca de energia conhecida como metabolismo, o qual converte alimento em energia, abastecendo todos os processos internos. Nossas necessidades metabólicas são mais baixas que nosso consumo de energia, ingerimos mais calorias do que usamos e quando isso acontece o excesso é armazenado em forma de gordura.
Os músculos queimam o excesso de gordura de duas maneiras: durante o esforço do exercício e quando nosso tecido muscular queima o dia todo, mesmo em repouso. Cada novo quilograma de músculo magro eleva nosso metabolismo em cinqüenta calorias adicionais por dia, ou seja, uma massa muscular maior ajuda você a perder peso sem restrições rígidas à dieta, significa que você pode ingerir um número maior de calorias sem medo de ganhar peso.
Músculo e gordura representam os dois lados da moeda de energia: o músculo é a maquina e a gordura é o combustível. O tecido adiposo armazena energia, o tecido muscular gasta a energia; é por isso que a massa muscular magra e a gordura muitas vezes trocam de lugar. O perfil padrão:
- Seus músculos magros declinam naturalmente com a idade: uma mulher inativa começa a perder cerca de 200 gramas de músculos a cada ano, após os 35 anos de idade;
- Seu metabolismo torna-se mais lento: cada meio quilograma de músculo perdido priva-a de parte de sua capacidade de queima de calorias;
- Você armazena mais gordura: a cada ano você perde mais músculos e converte mais calorias excessivas em gordura. Presumindo que seus hábitos alimentares permaneçam iguais, a gordura será acumulada cada vez mais rapidamente à medida que o tempo passar.
Resultado: você trocou músculos por gordura. Interessantemente, a balança pode não mostrar grandes mudanças no peso, mas a composição real do seu corpo mudou drasticamente. A gordura é menos densa que o músculo, de modo que a gordura adquirida consome mais espaço que o músculo perdido. Você pode pensar mais ou menos a mesma coisa, mas suas roupas tornam-se mais apertadas.
Lembrando que muito pouca gordura corporal, por outro lado, também representa um risco à saúde, porque o corpo necessita de uma certa quantidade de gordura para a manutenção das funções fisiológicas normais (lipídeos essenciais e não essenciais).
Um estudo realizado na Tufts University concluiu que o treinamento de força é um modo eficiente de aumentar as exigências de energia e diminuir a gordura corporal, poderá diminuir vários números em seu manequim, embora seu peso permaneça praticamente o mesmo, parecerá mais magra porque os novos músculos tomam menos espaço que a gordura anterior.