O que é transplante
Transplante é um tratamento que consiste na substituição de um órgão ou de um tecido doente de uma pessoa (chamada de receptor) por outro sadio, de um doador vivo ou falecido.
O transplantado - aquele que recebe o órgão ou o tecido - necessitará de cuidados médicos constantes e fará uso de medicamentos pelo resto da vida. Esse tratamento poderá oferecer um eficaz controle da doença além de melhorar sua qualidade de vida do paciente.
Milhares de pessoas com alguma doença cujo único tratamento é o transplante podem ser beneficiadas, sejam elas crianças, jovens ou adultos. Em geral, são aquelas que apresentam uma doença irreversível, crônica ou aguda, mais comumente no rim, fígado, pâncreas, pulmão ou coração, além de tecidos como a córnea e a medula óssea.
Chances de sucesso
O sucesso depende de inúmeros fatores como: o tipo de órgão a ser transplantado, a causa da doença, as condições de saúde do paciente, as características do doador e a sua compatibilidade com o receptor.
Existem pessoas que fizeram transplante de órgãos há mais de 25 anos, tiveram filhos e levam hoje uma vida ativa e normal.
Riscos
Como qualquer outra cirurgia, o transplante apresenta riscos, pois representa tratamento complexo e prolongado. Entre as possíveis complicações estão a rejeição e a infecção, que variam de acordo com o órgão transplantado.
O transplante requer uma grande compreensão por parte dos pacientes, principalmente pela necessidade de acompanhamento médico periódico; por outro lado, oferece uma condição de vida altamente compensadora.
Indicações
Os transplantes são indicados para pacientes portadores de doenças graves, agudas ou crônicas, e que não possuem outra forma de tratamento com comparada eficácia.
Transplante de Rim
O transplante renal é uma das opções terapêuticas da fase terminal da Insuficiência Renal Crônica. As outras opções são a diálise peritoneal e a hemodiálise. O Serviço de Nefrologia do Hospital de Caridade de Ijuí oferece todas as opções de tratamento acima para os pacientes com Insuficiência Renal Crônica terminal.
O transplante renal, tanto com doador vivo como doador falecido, é realizado pela instituição desde 1986.
Existem duas possibilidades de se realizar um Transplante Renal:
Doador Vivo - Qualquer pessoa saudável que concorde com a doação e, sejam compatíveis com o receptor, poderá doar um dos rins. Por lei, parentes até quarto grau e cônjuges podem ser doadores; não parentes, somente com autorização judicial.
Doador Falecido - O paciente com indicação de transplante e não possui doador vivo relacionado, é cadastrado na Lista Única de Espera do Estado, controlada pela Central de Transplantes, onde fica aguardando para receber um rim.
Nestes dois casos é imprescindível ter indicação médica, apresentar boas condições físicas, realizar todo protocolo clinico exigido para a realização do transplante renal.
Quem Paga o Transplante:
Mais de 90% das cirurgias são feitas pelo SUS e cobertas por ele durante o atendimento pré-transplante, como no acompanhamento após o transplante. Alguns transplantes são cobertos por planos privados de saúde. A forma como o transplante é pago (pelo SUS ou não), a chance de receber um órgão é a mesma.
Equipe necessária
Segundo a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos(ABTO) no Brasil, só podem realizar transplantes as equipes que estiverem cadastradas e autorizadas pelo Sistema Nacional de Transplantes.
O HCI realiza transplante renal desde 1986, hoje temos contabilizados 71 transplantes renais, (doador vivo relacionado e doador falecido) , de janeiro à junho de 2011 já realizamos 6 transplantes renais ( 4 doador falecido e 2 doador vivo relacionado).
A equipe de Transplante Renal do Hospital de Caridade de Ijuí, segue os protocolos e critérios exigidos pela lei que regulamenta os transplantes. A mesma é formada pelos seguintes profissionais: vasculares, urologistas, nefrologistas, anestesistas. assistente social, enfermeiros, tendo como responsável técnica a nefrologista Dra. Maria Leocádia Padilha.
Lista Única de Espera Para receber um Transplante Renal é necessário que o paciente se encontre na lista única de espera do estado, hoje controlada pela Central de Transplantes com sede em Porto Alegre. A Portaria nº 3407 de 05/08/1998 é constituída por um conjunto de critérios específicos de distribuição para cada tipo de órgão, ou tecido, selecionando, assim, o receptor adequado. Criado pelo Ministério da Saúde, Sistema Nacional de Transplantes (SNT) é controlado pelo Ministério Público. Ambulatório de Pré- Transplante Todo paciente que necessita fazer Transplante Renal, precisa realizar uma séries de exames para certificar-se do seu estado clínico. Passa por várias consultas antes do transplante assim como seu respectivo doador. Ambulatório Pós - Transplante Após Transplante Renal o transplantado precisa ter acompanhamento quase que permanente nos primeiros dias pós-transplante, para acompanhar a dosagem de imunossupressores, condições clinicas, rejeição, biópsia. Hoje temos 40 pacientes em acompanhamentos pós- transplante renal no nosso serviço. As estatísticas mundiais mostram que mais de 80% dos transplantados retornam à vida normal. Para evitar ou controlar possível episódio de rejeição (perda do órgão transplantado), os receptores necessitam uso de medicações imunossupressoras, caso contrário a taxa de rejeição torna-se altíssima. É importante sempre o acompanhamento médico especializado.
Setor de Nefrologia do HCI
(55) 3331-9330
Segundas às Sextas-feiras - 08:00 às 11:30 e 14:00 às 17:00 hrs.